Após o anúncio de rompimento de Cid Gomes (PSB) com o governador Elmano de Freitas (PT), o ministro Camilo Santana (PT) disse à coluna que “divergências são normais” e que “já ocorreram outras vezes”, mas que “isso se resolve com mais diálogo”.
Ainda segundo o petista, “fato é que Cid é um grande amigo, parceiro de projeto e de luta”. Em seguida, Camilo enfatizou que o ex-governador “é meu candidato ao Senado em 2026”. “Não só pela gratidão que tenho a ele”, continuou Camilo, “mas pelo que ele representa para o Ceará”.
As declarações se dão um dia depois de Cid comunicar a aliados que havia desfeito relações com a gestão estadual, deixando a base de Elmano.
A ruptura, conforme fontes afirmaram à coluna, foi motivada pela escolha do deputado estadual Fernando Santana (PT) para comandar a Assembleia Legislativa. Filiado ao PSB, Cid não teria sido consultado sobre o processo de definição.
Nesta segunda-feira, 18, deputados federais do PDT ligados a Cid devem se reunir para avaliar o cenário e decidir próximos passos. Embora Cid tenha alegado que o gesto de ruptura é uma posição pessoal, uma parcela dos parlamentares considera segui-lo em eventual desfiliação do PSB e do PDT e ingresso noutra legenda.
Ainda não se sabe se a saída de Cid da base governista terá efeito direto sobre o grupo de pedetistas e pessebistas.