A cantora Lexa anunciou, na tarde desta segunda-feira (10), a morte de sua filha Sofia. A menina nasceu no último dia 2, mas faleceu no dia 5.
O anúncio da morte de Sofia foi feito pela cantora nas redes sociais. “Agora tô buscando um rumo na minha vida, uma parte de mim se foi”, diz a postagem de Lexa.
A artista, que estava grávida de seis meses, enfrentou um quadro de pré-eclâmpsia, uma condição séria que afeta gestantes e pode trazer complicações graves para mãe e bebê. Ela havia sido internada em São Paulo no final de janeiro, após apresentar sintomas como inchaço no rosto e elevação da pressão arterial.
A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional caracterizada pelo aumento da pressão arterial e sinais de comprometimento de órgãos, como rins e fígado. A condição geralmente surge a partir da 20ª semana de gravidez e pode evoluir para quadros mais graves, como a eclâmpsia, que envolve convulsões e risco de morte materna e fetal.
De acordo com a doutora Maria Laura Costa, membro da comissão de hipertensão e gestação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e professora da Unicamp, a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil é difícil afirmar com certeza que a doença foi a responsável, mas não descarta seu envolvimento. "Foi um nascimento muito pré-termo, e já com os efeitos da insuficiência placentária pela pré -eclâmpsia. Difícil saber o motivo do óbito, mas certamente complicações da prematuridade extrema"
“É uma condição complexa, que pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo da gestante. Seus sintomas variam, mas incluem inchaço no rosto e nas mãos, dores de cabeça persistentes, alterações visuais como pontos brilhantes ou visão embaçada, dores no quadrante superior do abdômen, além do aumento da pressão arterial”, explica.
Uma das possíveis complicações da pré-eclâmpsia é a Síndrome HELLP, uma condição ainda mais grave caracterizada por hemólise (destruição das células vermelhas do sangue), aumento das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas. A Síndrome HELLP pode se manifestar de forma súbita e agravar rapidamente o estado de saúde da gestante, aumentando o risco de falência hepática, hemorragia e descolamento prematuro da placenta.
Os sintomas da Síndrome HELLP incluem dor intensa no quadrante superior direito do abdômen, náuseas, vômitos, fadiga extrema e sensação de mal-estar generalizado. Como pode ser facilmente confundida com outras condições, é fundamental que gestantes com pré-eclâmpsia sejam monitoradas de perto para evitar complicações.
Os sinais de alerta da pré-eclâmpsia podem ser sutis, o que torna essencial o acompanhamento médico durante toda a gestação. Além dos sintomas mencionados, a condição pode causar retenção excessiva de líquidos, dificuldade para respirar, náuseas, vômitos e ganho de peso repentino. Nos casos mais graves, há risco de descolamento prematuro da placenta, insuficiência hepática e insuficiência renal, colocando em perigo tanto a mãe quanto o bebê.
O diagnóstico precoce e o monitoramento contínuo da pressão arterial e dos exames laboratoriais são essenciais para reduzir os riscos associados à doença. O tratamento pode envolver repouso, administração de medicamentos para controle da pressão e, em alguns casos, o parto antecipado para preservar a vida da mãe e do bebê.
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