Há dias, moradores do distrito de Trapiá, em Santa Quitéria, que são atendidos pela adutora vinda do açude Araras, tem reclamado nas redes sociais sobre a interrupção frequente do fornecimento e a coloração escura da água que chega às torneiras, descrita como semelhante a lama.
O serviço é de responsabilidade do Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR), que opera a adutora vinda do açude Araras. A estrutura foi inaugurada às pressas há sete meses, após suspenderem o uso de poços devido à descoberta de urânio em algumas amostras. Os resultados finais desses testes, no entanto, nunca foram divulgados oficialmente.
Desde que a adutora começou a funcionar, muitas são as queixas sobre as instabilidades no sistema. A população enfrenta períodos de até 10 dias ou mais sem água, o que afeta nos afazeres domésticos e levanta questionamentos sobre a qualidade do que está sendo distribuído.
Procurado, o escritório regional do SISAR em Sobral, responsável por atender a área, informou que a coloração escura é devido a uma sujeira superficial que fica nos canos, quando há interrupção, os canos secam e após a religação, a sujeira acaba passando para o outro lado.
Já sobre as paralisações, o órgão relata que o problema iniciou quando estavam trabalhando com bypass, o bombeamento pressurizava a rede e em alguns momentos, rompeu a rede; além de serem afetados com problemas externos, como falta de energia e vegetação no açude, que obstrui o bombeamento. O SISAR garantiu, inclusive, ter uma correção mais rápida do que a Cagece, com uma média de atendimento de apenas 12h.