Um levantamento divulgado nesta terça-feira (24/6) pelo Instituto Paraná Pesquisas reforçou entre lideranças do PL a convicção de que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não deve compor uma chapa como vice na eleição presidencial de 2026. Com 44,4% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece com 40,6%; Michelle ampliou sua presença no cenário político nacional e passou a ser vista como potencial cabeça de chapa.
Nos bastidores, políticos bolsonaristas afirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro não estaria disposto a entregar seu capital político a alguém fora do núcleo familiar, e que Michelle, diante dos números expressivos, passa a ser uma possibilidade real como cabeça de chapa.
Integrantes do PL Mulher, do qual Michelle é presidente, reforçam que sua liderança tem crescido de forma orgânica e que uma eventual candidatura à Presidência representaria uma afirmação de protagonismo feminino dentro do campo conservador. Segundo parlamentares do partido, colocá-la como vice poderia enfraquecer essa imagem e gerar insatisfação entre a base feminina da legenda.
Em recente evento em Brasília, Michelle lançou a pré-candidatura da vereadora de Fortaleza, Priscila Costa, ao Senado Federal. A movimentação foi interpretada como mais um sinal de sua crescente influência política. Com a ex-primeira-dama ganhando força nas pesquisas, aumenta também a cotação de Priscila no tabuleiro eleitoral do Ceará.
Apesar do desempenho positivo, Michelle tem evitado falar publicamente sobre planos eleitorais e ainda não confirmou se pretende disputar um cargo em 2026. Porém, o ambiente interno do PL já dá como improvável que ela aceite um papel de coadjuvante diante do potencial de votos que tem demonstrado.