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Doze pessoas são presas por se passarem por promotores de Justiça no CE e em MG

Alvos se passavam por oficiais para simular venda de alvarás de soltura. Ações foram realizadas pelos Ministérios Públicos com apoio da Polícia Civil do Ceará

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa Fonte: O POVO
09/10/2025 às 09h33
Doze pessoas são presas por se passarem por promotores de Justiça no CE e em MG
Foto: Divulgação/MPCE/PC-CE

Doze pessoas foram presas suspeitas de se passarem por promotores de Justiça no Ceará e no estado de Minas Gerais. As capturas aconteceram nesta quarta-feira, 8, durante uma operação dos Ministérios Públicos dos dois estados com apoio da Polícia Civil do Ceará (PC-CE).

Além das prisões, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços nos municípios de Maracanaú, Fortaleza, Chorozinho, Cascavel, Pacatuba e Boa Viagem. Ao todo, a operação buscou cumprir 16 mandados de prisão, sendo doze cumpridos. Não foi informado quantas prisões ocorreram nos municípios cearenses.

Conforme as investigações, os suspeitos, integrantes de uma organização criminosa, se passavam por promotores de Justiça para cobrar falsas “fianças” a familiares de presos. Na prática, o grupo telefonava para parentes de detentos em Minas Gerais se identificando como membros do MP.

Na ligação, os criminosos davam a possibilidade de expedição de alvará de soltura, mediante pagamento imediato. As pessoas que recebiam os valores foram identificadas na operação.

Por meio de análise dos extratos bancários, a investigação detectou fluxo constante de transferências entre contas de um pequeno grupo de titulares, numa tentativa flagrante e coordenada de ocultar a origem do dinheiro recebido.

Ainda segundo as apurações, os suspeitos realizavam constante abertura e encerramento de contas bancárias e de linhas telefônicas. Foi identificado que um pequeno número de aparelhos celulares se comunicavam entre si, mas operavam com diversos chips diferentes em um curto espaço de tempo.

De acordo com as investigações, isso caracterizava a atuação orquestrada compatível com a dinâmica de uma organização criminosa. Alguns dos investigados apresentaram histórico de fraudes similares, o que reforça a suspeita.

A operação, intitulada de “Falsa Torga”, foi articulada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) do MP de Minas Gerais e pelo Núcleo de Apoio Técnico à Investigação (Nati) do MP do Ceará. As ações contaram com apoio das Polícias Civis dos dois estados e a Polícia Militar de MG.