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Santa Quitéria, CE
A fraude no maior escândalo da história da previdência social ganha contornos ainda mais graves. De acordo com relatórios da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), entidades associativas e sindicais solicitaram a inclusão de pessoas mortas em mais de 204 mil casos de descontos associativos.
As investigações, como destaca, no Jornal Alerta Geral, o repórter Carlos Silva, apontam que as instituições apresentaram documentos falsos ao INSS para inflar o número de filiados e aumentar ilegalmente a arrecadação com contribuições descontadas diretamente dos benefícios previdenciários.
As mesmas entidades, segundo uma reportagem do site Metrópoles, respondem a milhares de ações na Justiça, movidas por aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados sem autorização.
Entre as 31 entidades que solicitaram descontos para pessoas já falecidas — de um total de 38 com autorização do INSS — estão Contag, Conafer e Ambec, algumas das maiores do país. A CGU classificou como “absurda” a tentativa de incluir beneficiários mortos, afirmando que o ato constitui forte indício de falsificação de documentos, já que “é juridicamente impossível a manifestação de vontade por pessoa falecida”.
“A inserção desses dados nos sistemas do INSS com o intuito de viabilizar descontos em folha revela irregularidade grave e demonstra a total inidoneidade da documentação apresentada”, destaca o relatório.
Segundo a CGU, os descontos só não foram efetivados porque os benefícios já estavam inativos, em razão da morte dos titulares. Os relatórios da CGU e da Polícia Federal dão subsídios para CPMI do INSS aprofundar as investigações do maior escândalo da história da previdência social.
