A maior parte do grupo troca figurinhas e não investe em conflito entre eles. Muitos reconhecem que estão trabalhando num julgamento histórico. Dizem ser um julgamento atípico, que reúne o maior número de advogados já visto num caso.Na linha de frente estão grandes criminalistas e outros advogados mais modestos - tanto que o preço cobrado varia de R$ 6 milhões a R$ 500 mil, além de dois que trabalham de graça. Mas nenhum deles fala em cifras. É o caso de Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB e autor da denúncia do mensalão; e de Márcio Silva, que participou da defesa de petistas no início do processo.Poucos réus têm apenas um advogado fazendo sua defesa. Normalmente, são grupos de cinco a sete que se dedicam exclusivamente a um único cliente. Esse batalhão de advogados acompanhou, além dos réus, os mais de 700 testemunhos de todo o processo País afora.O mineiro Marcelo Leonardo, responsável pela defesa de Marcos Valério, trabalha com outros sete advogados no caso. Lembrando que os bens de seu cliente estão bloqueados desde 2005, mas evitando falar quanto cobra, ele conta que viajou o Brasil inteiro, do Acre ao Paraná, para acompanhar o depoimento de testemunhas e buscar provas para isentar o réu.Todos fazem questão de dizer que participar do caso dá muita visibilidade, por ser um processo atípico, com muita repercussão na mídia."Esse é o maior caso de que (o escritório) Luiz Fernando Pacheco já participou. É histórico", diz o advogado do ex-presidente do PT José Genoino, Fernando Pacheco.Uma das estrelas dessa constelação de advogados, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos trabalha na defesa do ex-diretor do Banco Rural, José Roberto Salgado. Apenas com duas secretárias e um advogada, ele prefere, em vez de montar uma grande estrutura, associar-se a escritórios de amigos.Já Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, atua na defesa do publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes, com um grupo de cinco advogados, além de estagiários.
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