No apagar das luzes do mês de outubro, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará autorizou, em decisão unânime, a desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, do PDT, sem correr o risco de perder o mandato.
A decisão coloca Evandro Leitão em uma posição de maior tranquilidade para seguir seu rumo político e partidário. O PT seria o caminho mais provável, porém, enfrentaria uma disputa interna acirrada; com Luizianne Lins, Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar. Aqui, a briga também é pelo uso da imagem de Lula, Camilo e Elmano.
Caso Evandro escolha o PSB, ainda tem um outro problema, a possibilidade de acordo de Lupi e Siqueira em nível nacional, o qual também traria problemas nas candidaturas da capital cearense, já que PSB e PDT, estão em trincheiras diferente no Ceará. Restaria a Evandro, um outro partido, mas, sem as imagens na foto dos principais apoiadores.
Neste último cenário, ao persistir essa divisão, teríamos praticamente duas candidaturas competitivas, Luizianne Lins e Evandro Leitão, dividindo a base governista.
O caminho da direita no estado não é muito diferente. A candidatura de Capitão Wagner é consolidada pelos últimos resultados eleitorais. Ele é sem dúvida o nome mais forte da oposição e os poucos levantamentos de pesquisas feitos até aqui, apontam nessa direção, muito embora, ainda seja cedo para análises mais aprofundadas. Neste outro cenário, a luta por essa fatia do eleitorado, ficaria entre Capitão Wagner, André Fernandes e Carmelo Neto, os dois últimos, reivindicam a paternidade do bolsonarismo raiz na capital cearense.
O prefeito Sarto vem jogando certo, definiu seu time, jogou em campo e não espera pelos adversários. Enquanto as indefinições pesistem de todos os lados, a gestão definiu o grupo que vai jogar e já iniciou a pré-temporada.
Assim, se sair Luizianne e Evandro como candidatos, o governo se divide. Caso cheguem a um consenso, tem fortes chances de chegarem ao segundo turno. A direita se sair dividida com duas candidaturas, também enfraquece pela divisão, em caso de união fortalecem o bloco.
Já o governo Sarto, não tem mais o que dividir, já saiu o que tinha que sair e quem está tumultuando o processo eles mesmos estão expulsando. A ideia é manter um time coeso, não importa o tamanho.
No contexto de união das forças políticas de Fortaleza na atual conjuntura, optando apenas por um dos nomes, três candidaturas tornariam o pleito mais disputado. (Luizianne Lins-Evandro Leitão), José Sarto e (Capitão Wagner- André Fernandes- Carmelo Neto). Em outro quadro de divisões, poderão sair quatro ou até mesmo cinco candidaturas desses blocos. Outros nomes ainda poderão sugir, o NOVO, de Eduardo Girão e a possível ida do grupo cidista para o Podemos também podem alterar esse quadro atual.
Entre um atrito e outro, entre uma indefinição e outra, os atores e os partidos seguem fazendo seus ajustes. Na política, os homens e mulheres seriam mais felizes se soubessem combinar seu modo de agir com as particularidades do momento.