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Luizianne Lins, a “construção de narrativas” e o “consenso progressivo” do PT

Confira a coluna do jornalista Reginaldo Silva

17/12/2023 às 19h42 Atualizada em 14/04/2024 às 23h13
Por: Reginaldo Silva
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Luizianne Lins fez uma “live” em suas redes sociais para falar da atual conjuntura política da capital cearense. A deputada federal falou da “construção de narrativas” que envolve seu nome, sobretudo, em relação ao entorno de sua pré-candidatura à prefeitura de Fortaleza.

Luizianne diz que está acostumada com esses embates, mas, é preciso jogar luz nas sombras quando tentam criar determinados estereótipos em relação ao seu nome. “Ela tem um teto nas pesquisas” dizem uns. Outros, falam em “falta de diálogo” e comentam que ela “não agrega”. Para Luizianne, essas falas são combatidas pela sua trajetória na vida pública, desde os tempos de estudante e na construção de seus mandatos de vereadora, deputada estadual, prefeita de Fortaleza e deputada federal. Ninguém se sustenta nesses postos se não for por meio do diálogo e agregando forças para atingir os objetivos, defende ela.

Luizianne chega a lamentar certas posturas de determinados setores da imprensa que corroboram com “certas narrativas” que segundo ela, também por ser jornalistas compreende as entrelinhas do que vem sendo posto para o público.

Luizianne diz que não tem nada contra Evandro Leitão, sabe que sua pré-candidatura é um fato dentro do partido, assim como a de outros companheiros; Guilherme Sampaio, Larissa Gaspar e Arthur Bruno.

Esses são os nomes que estarão em campo a partir da filiação de Evandro Leitão ao PT, na corrida pela única vaga de candidato da legenda à prefeitura de Fortaleza. O deputado estadual e presidente da sigla, Guilherme Sampaio, vem defendendo um chamado “consenso progressivo”, ou seja, ele espera que até março de 2024, seja possível, em meio aos debates se chegar a um nome comum.

As experiências mais recentes em outras agremiações partidárias mostram que o tal “consenso progressivo” de prévias e encontros regionais não deram muito certo, leia-se: a experiência para escolha do candidato a presidência pelo PSDB, no embate entre Dória e Leite e os 12 encontros regionais do PDT no Ceará com quatro candidatos; Izolda Cela, Mauro Filho, Roberto Cláudio e o próprio Evandro Leitão.

Todos sonharam com um “consenso progressivo”, que não veio, mas nenhum deles, é bem verdade, tinha um presidente da República e, muito menos, um negociador da envergadura do presidente Lula, que teve como ponto de partida as negociações forjadas nas bases sindicais.

Luizianne vai precisar mais do que as narrativas de “fidelidade partidária e visitas à Lula em Curitiba” para convencer o PT e a base aliada de que é possível quebrar esse teto e pode construir esse “consenso progressivo” defendido pela legenda.

Por outro lado, Evandro Leitão precisará traduzir em números, em pouco tempo, a materialização de resultados que possa convencer Luizianne de que ele furou o teto em menos tempo de caminhada do que ela, para justificar sua indicação.

A eleição para prefeito de Fortaleza será uma das mais difíceis de todos os tempos, pelo quadro de divisão que se desenha de todos os lados e, mesmo estando do lado do cabo, no comando dos governos Federal e Estadual, o PT, terá que vencer primeiro a batalha da unidade interna, para depois pensar nos adversários.

Os trovões de janeiro ainda dirão muita coisa.

Reginaldo Silva
Sobre o blog/coluna
Reginaldo Silva é professor, radialista e jornalista.
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