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O poder das instituições, o “recall eleitoral” e às indefinições das forças de direita e de esquerda na eleição para prefeitura de Fortaleza

Confira a coluna do jornalista Reginaldo Silva

29/12/2023 às 14h35 Atualizada em 29/12/2023 às 15h07
Por: Reginaldo Silva
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Dificilmente a eleição para prefeitura de Fortaleza em 2024, repete o cenário da eleição para o Governo do Estado em 2022, com uma definição em primeiro turno.

Em política, sempre prevalece a máxima que “toda eleição é diferente. O cenário da eleição presidencial de 2018 foi completamente diferente da eleição de 2022 e, em 2024, nas eleições para eleger prefeitos e vereadores também será diferente do cenário de 2020.

Na capital cearense, os novos fatos políticos dão um norte dos caminhos que os grupos políticos pretendem seguir.

O prefeito Sarto vai buscar a reeleição com o apoio de duas instituições fortes, a Prefeitura de Fortaleza e a maioria da Câmara Municipal de Vereadores, além das lideranças do ex-ministro Ciro Gomes e do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que conhece bem o terreno da eleição municipal da capital.

Capitão Wagner parte com o “recall eleitoral” de duas eleições municipais em que bateu na trave, ou seja, candidato conhecido do público de Fortaleza aparecendo muito bem colocado nos últimos levantamentos de dados eleitorais.

O campo da esquerda ganha um reforço, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, e amplia a briga por espaço com o PT raiz de Fortaleza, liderado por Luizianne Lins, além dos nomes já postos de Guilherme Sampaio, Larissa Gaspar e Arthur Bruno.

A esquerda se conseguir partir unida, também contará com a força de duas instituições políticas muito fortes, o apoio do Governo do Estado e da maioria da Assembleia Legislativa do Ceará, além da força política da maior liderança do estado no momento, o ministro da Educação e senador cearense, Camilo Santana e do senador Cid Gomes, que está de malas prontas para o PSB, partido da base aliada governista.

A direita, espera manter os votos do bolsonarismo raiz dos seguidores incondicionais do ex-presidente Bolsonaro e sonham com a polarização com o PT para tentar levar André Fernandes para um possível segundo turno. O senador Eduardo Girão que também teve o nome lançado como pré-candidato à prefeitura de Fortaleza recentemente, é outro sonho de consumo de unificação da direita.

Ainda no campo das conjecturas, também podem surgir novos rachas, a exemplo do que houve, na véspera da eleição para o Governo do Estado no ano passado. Em política tudo é possível acontecer. A última raiva acaba prevalecendo e os desdobramentos são imprevisíveis.

Esse é o cenário atual, apoios políticos fortes, “recall eleitoral”, indefinições de um lado, incertezas de outro e o processo segue em plena ebulição rumo a eleição do próximo ano.

Pois é, fim de ano chegando, é hora de uma pausa para as reflexões, indefinições à parte, Roberto Carlos na Praia de Iracema e o desejo de boas festas aos grupos políticos que se aquecem para entraram em campo em 2024.

Feliz Ano Novo e que venha 2024!

Reginaldo Silva
Sobre o blog/coluna
Reginaldo Silva é professor, radialista e jornalista.
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