As eleições no país deveriam ser unificadas. Além da diminuição dos gastos, o eleitor faria uma análise de cabo a rabo de políticos, partidos e das administrações que comandaram no pleito anterior. Os ganhos para população seriam maiores e os custos com eleição seriam menores.
Como os pleitos ainda ocorrem de dois em dois anos, partidos, políticos e lideranças plantam em uma eleição para colher o resultado na eleição seguinte, ou seja, neste ano de 2024, teremos eleições para prefeitos e vereadores, que serviram de base para a colheita das campanhas para Presidente, Governador e membros do Congresso Nacional
De olho em 2026, na reeleição de Lula, o PT precisa avaliar a estratégia das eleições municipais em capitais e cidades de grande porte espalhadas pelo país nas eleições municipais deste ano. O sinal de alerta veio de uma Pesquisa publicada nesta semana pelo Atlas/Intel, que aponta os dez governos estaduais ligados ao centrão com a melhor avaliação do país. Lideram a pesquisa governos administrados por União Brasil, PP, PL, PSD, Republicanos, MDB e PSDB.
Quem lida um pouco com política sabe da importância e do alto grau de influência que governadores exercem sobre os municípios de seus estados. Mesmo estando na base aliada do governo, esses partidos buscarão seus espaços para tentar aumentar a fatia do bolo.
O centrão que lidera o número de governadores melhor avaliados nos estados, conseguiu enquadrar Lula, assim como fez com Bolsonaro, ambos fizeram várias concessões no início de seus governos para colocar a máquina pública para andar. O petista recentemente fez afagos financeiros até para o PL, turbinando a máquina conservadora que vai fazer de tudo para derrubá-lo já nas eleições deste ano.
Diante dos dados apresentados nesta pesquisa, o PT precisará de uma boa estratégia para engordar o número de prefeituras espalhadas pelo Brasil.
Na região Nordeste o cenário é mais favorável para o PT. Os governos do Piauí, Paraíba, Bahia e Ceará aparecem nas melhores colocações neste levantamento, contudo, essa eleição é mais do que estratégica para o PT, não só pela consolidação da reeleição do presidente Lula, mas, para tentar evitar a volta de Bolsonaro ao Poder.
Assim, o centrão que já aparece bem na fotografia do mapa eleitoral brasileiros com os governadores que estão melhor avaliados, turbinados por emendas de parlamentares ligados ao bloco, certamente aumentarão seu poder com um número maior de prefeituras espalhas pelo país, pavimentando o caminho para volta de Bolsonaro e cavando a sepultura de Lula para 2026.
Bem vindo 2024. A sorte está lançada.