Ainda é cedo para avaliar o comportamento político na capital e interior cearense sobre a polarização envolvendo os dois principais líderes políticos populistas do país, Lula e Bolsonaro.

Uma pesquisa feita pela Quaest animou os bolsonaristas, já que 68% dos avaliados consideraram o movimento na Avenida Paulista como uma grande manifestação e demonstração de força do ex-presidente Jair Bolsonaro. Muito embora, a maioria também acredita que ele não se livrará das investigações da PF, sobre a tentativa de “Golpe de Estado” que está em investigação.

Outra pesquisa também traçou o perfil dos bolsonaristas na Avenida Paulista; homens, brancos, conservadores, de direita e 13% ganham acima de dez salários mínimos e 9% acima de 20.

Enquanto isso, Lula comemora o retorno do Brasil à elite das 10 maiores economias do mundo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9% em 2023, divulgado nesta sexta, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O presidente tem consciência que Dilma caiu por conta dos números econômicos no país, ou seja, não se pode pensar em eleição com economia ruim.

Os movimentos giram em caminhos opostos, Bolsonaro tentando mostrar força popular, Lula buscando crescimento econômico.

Assim, os dois maiores líderes populistas do Brasil seguem incentivando a polarização política e procurando alternativas para para manter a militância afiada. O Ceará, por sua vez , também entra nesse cenário político.

Em Fortaleza, PT e PL terão candidaturas próprias, ainda é incipiente para falar em polarização na capital cearense, por conta de uma candidatura forte de centro, a do prefeito José Sarto, que concorrerá à reeleição pelo PDT. André Fernandes será o nome do PL e o PT define estre as duas pré-candidaturas mais bem situadas, a da deputada federal Luizianne Lins e a do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Evandro Leitão.

No interior cearense, independente das legendas partidárias, sejam de centro ou de direita, muitas campanhas foram acirradas no segundo turno das eleições presidenciais em 2022, colocando claramente dois projetos antagônicos, de um lado, os defensores ferrenhos de Bolsonaro e de outro, seguidores do projeto de esquerda representado pelo presidente Lula.

Em se tratando de interior ainda existe um terceiro bloco, aqueles que tentam fugir dessa polarização, com receio de colarem suas imagens na rejeição do projeto bolsonaristas, que defenderam de forma enfática e veemente, em 2022, em determinados municípios cearenses.

A polarização política ainda não chegou no eleitorado, pois os mesmos estão preocupados com suas rendas e com a situação econômica do país que pode alterar suas vidas. O jogo eleitoral ainda não começou, os atletas ainda estão sendo inscritos para a disputa da competição. O pleito de 2024, será uma grande preparação para 2026.